Publicamos
a continuación el documento de los camaradas del Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha) – P.C.B. (FV). Tan pronto
tengamos la traducción al español, la publicaremos. Llamamos a todos los comunistas revolucionarios a estudiarlo con mucha
atención y participar en este importante debate que contribuye al proceso de
Unidad-Lucha-Unidad entre los marxistas-leninistas-maoístas del mundo.
(Unión Obrera Comunista mlm)
Combater o
liquidacionismo e unir o MCI sob o Maoismo e a Guerra Popular
Acerca da
crítica do PC(m)A à Declaração Conjunta de 1o de Maio de 2018
“Em outras
palavras, na condição de não depreciar os princípios marxista-leninistas,
aceitamos as opiniões aceitáveis de outros e descartamos aquelas nossas que
podem ser descartadas. Assim, atuamos com duas mãos: uma para a luta com os
camaradas que incorrem em erros e a outra para a unidade com eles. O propósito
da luta é perseverar nos princípios marxistas, os quais supõem a fidelidade aos
princípios. Essa é uma mão; a outra é para velar pela unidade. O propósito da
unidade é dar uma saída a esses camaradas, contraindo compromissos com eles, o
que significa flexibilidade. A integração da fidelidade aos princípios com a
flexibilidade constitui um princípio marxista-leninista e é uma unidade de
contrários.”
Presidente
Mao, “Método dialético para a unidade interna do partido”
Parte de
uma intervenção do camarada Mao Tsetung
na
Conferência de Partidos Comunistas e Operários - Moscou,1957
Em meados de 2018, o Partido Comunista
(maoista) do Afeganistão publicou uma crítica à Declaração Conjunta de 1o de
Maio, firmada por 8 partidos e organizações maoistas, com o título: “Un vistazo
a la Declaración Internacional Conjunta de Ocho Partidos y Organizaciones
Maoístas Latinoamericanos”. Este documento está disponível em muitos sites e
blogs na internet e chegou a ser traduzido ao espanhol pela UOC-mlm da
Colômbia.
Nele se afirma de modo taxativo que o
pensamento Gonzalo “continua desempeñando un papel histórico negativo e incluso
estuvo detrás de la composición de una declaración internacional conjunta en celebración
del Día Internacional de los Trabajadores para promover el sectarismo…”, e
proclama que “... es necesario que, junto con los principios teóricos,
ideológicos y políticos basados en el MLM contra la Nueva Síntesis de Avakian y
el revisionismo del Camino Prachanda, se deba librar una lucha contra la
desviación que ha surgido como Pensamiento Gonzalo.” E se alistando declara que
“El PC(M)A ya no está obligado a mantener la lucha interna, sino que considera
que es totalmente necesario comenzar a llevar a cabo esa lucha a nivel
internacional.”
Passado quase um ano da sua difusão, não se
registrou qualquer eco de seus apelos, nada além dos furiosos ataques que o
imperialismo, a burguesia, latifundiários, revisionistas e tudo que há de mais
reacionário dispensa, de forma sistemática, ao PCP, ao Presidente Gonzalo e seu
pensamento e à guerra popular no Peru. E embora dito documento faz causa comum
com a reação, vê-se que esta desprezou tais auxílios oferecidos em seu combate
à revolução proletária. Os ataques não são apenas ao texto da declaração, mas à
linha ideológica e política dos partidos que a firmam, expressando, por isso
mesmo, oposição aos princípios teóricos e práticos nos quais o Movimento
Comunista Internacional tem se unificado.
Desde a publicação de dito documento, uma
série de importantes eventos ocorreram no MCI, tal como a publicação da
Declaração Conjunta por ocasião do aniversário de 26 anos do discurso do
Presidente Gonzalo, de 24 de setembro de 2018, uma declaração de 26 de dezembro
por ocasião do natalício do Presidente Mao e a realização de dois Encontros de
Partidos e Organizações maoistas da Europa. No momento em que nos aproximamos
da Declaração Conjunta de 1o de Maio de 2019, e que o MCI
avança a passos largos para a realização da CIMU (Conferência Internacional
Maoista Unificada), consideramos necessário e apropriado expor publicamente
nossos comentários sobre o seu conteúdo para pôr mais a nu a natureza
pseudo-marxista-leninista-maoista destes ataques, dissecando o que nele foi
esgrimido como argumentos.
Nossos comentários se baseiam em
entendimentos comuns de questões ideológicas, políticas e de construção
estabelecidos ao longo dos últimos 10 anos, pelos partidos que começaram a
realizar os Encontros de Partidos e Organizações MLM da América Latina, bem
como demais Partidos da Europa, América do Norte e Ásia, que passaram a
participar desta iniciativa. E, ainda que não falamos aqui em nome desse
conjunto, consideramos este posicionamento como parte do desenvolvimento comum
do Movimento Comunista Internacional, precisamente de sua esquerda neste
período mais recente de sua história, em que este luta por culminar a superação
da grande dispersão de forças que o caracterizou nas últimas décadas.
Ainda assim, consideramos positivo que um
Partido Comunista expresse seus pontos de vista e não os oculte perante o
Movimento Comunista Internacional. Estamos pela luta ideológica ativa, baseados
nos princípios, critérios e métodos proletários, como condição necessária para
que o Movimento Comunista Internacional possa atingir uma mais alta unidade, no
terreno ideológico, político e orgânico.
Entretanto, não responderemos a todos os
pontos da referida crítica, porque em sua imensa maioria, os temas
apresentados nela, já estão ampla e profundamente fundamentados em
uma grande quantidade de declarações conjuntas, documentos e nas duas edições
da Revista El Maoista. Portanto nos concentraremos sobre os temas
que consideramos de maior relevância, na atualidade, para a unidade dos
comunistas ao nível mundial. Ademais foi necessário estender em determinadas
questões com o fito de possibilitar ao grande número de revolucionários das
novas gerações, bem como de novos agrupamentos e organizações surgidas nos
últimos anos, de estarem mais a par dos problemas, lutas e desenvolvimento do
MCI das décadas passadas, principalmente dos últimos trinta anos.
A crítica dos camaradas
afegãos está centrada essencialmente em dois pontos:
1) – Que o PC(m)A se apresenta surpreso pelo
fato de que os comunistas não puderam ter uma declaração única para o MCI, e
considera este fato como mais uma demonstração de debilidade do MCI: “El
Partido Comunista (Maoísta) de Afganistán [PC(M)A] no esperaba este año que los
partidos y organizaciones
marxista-leninista-maoístas
no pudieran llegar a un acuerdo sobre una declaración internacional conjunta
del Primero de Mayo, pero desafortunadamente esa fue la situación.”e acusa a
iniciativa dos Partidos e Organizações marxista-leninista-maoistas da América
Latina e Europa de sectarismo, “fracionalismo”: “Los
firmantes se consideran a sí mismos como los revolucionarios proletarios más
avanzados del mundo e insisten tanto en esta afirmación que han justificado su
sectarismo com la publicación de una declaración separada del Primero de Mayo,
considerada correcta 100%.”
2)-Que os partidos signatários da
referida declaração são acusados de sérios desvios quanto à linha ideológica e
política, desvios estes atribuídos à adesão destes aos aportes de
validez universal do pensamento Gonzalo. O pensamento Gonzalo é apresentado
como um perigoso “desviacionismo”, uma terceira forma de
revisionismo ao lado do avakianismo e do prachandismo. O pensamento Gonzalo é
apontado, junto ao novo revisionismo pela liquidação do MRI, inclusive como
sendo o principal.
Não deixa de ser curioso, o fato de que os
camaradas afegãos, ao tempo que expressam seu desejo de uma declaração
unificada, despejam furiosas críticas e “demolidores” ataques aos partidos da
América Latina e Europa, acusando-os de serem portadores de sérios desvios do
marxismo em temas fundamentais, os quais atribuem ao “pensamento Gonzalo”.
Sendo assim, de pronto fica demonstrado que os camaradas afegãos apregoam uma
unidade por cima das discrepâncias de princípios, uma unidade sem princípios.
Pois que reclamam por não ter uma declaração unificada com aqueles a quem, sem
quaisquer fundamentos válidos, estigmatizam de “sectários”, fracionistas e divisionistas.
Apontam exatamente a aqueles que, com comprovações cabais de sua prática
social, trabalham por construir uma sólida unidade de princípios
marxista-leninista-maoistas no MCI.
1) Um
esclarecimento necessário
Como já referido acima, um grande número de
organizações atuantes no Movimento Comunista Internacional teve aparecimento
relativamente recente e não tomou parte diretamente das lutas de duas linhas
que se desenvolveram nas últimas décadas, portanto se faz necessário um breve
esclarecimento.
Nos últimos sete anos, desde o
desaparecimento formalizado do MRI, em 2012, não houve um só ano sequer que
tenha ocorrido uma Declaração única de 1o de Maio, de forma que
a suposta “surpresa” do PC(m)A pelo aparecimento de duas declarações não
encontra nenhuma correspondência com a realidade. Mais ainda, sectarismo e
arrogância é de quem, sem apresentar razões ou fundamentos minimamente válidos,
de que a declaração dos “oito partidos e organizações da América Latina
e Europa” é que dividiu com a“publicación de una declaración
separada del Primero de Mayo”.
No 1o de Maio de 2013, ano
seguinte do fim oficial do MRI, foram publicadas pelo menos três declarações
conjuntas:
Uma declaração dos Partidos e Organizações
MLM da América Latina: “Frente à crise geral do imperialismo, preparar,
iniciar e desenvolver Guerras Populares até o comunismo!”. Essa
declaração assinada pelo Partido Comunista do Brasil – Fração Vermelha; Partido
Comunista do Equador – Sol Vermelho; Frente Revolucionária do Povo
(Marxista-leninista-maoísta) de Bolívia; Fração Vermelha do Partido Comunista
do Chile; Associação de Nova Democracia (Peru), Alemanha. Essa foi a primeira
declaração que estabeleceu a consigna “Lutar por uma Conferência Internacional
Maoísta Unificada”, no objetivo de combater a dispersão e aprofundar a luta de
duas linhas, da forma mais organizada possível, para que sirva mais a alcançar
uma maior unidade ideológica e política, quanto aos princípios do
marxismo-leninismo-maoismo, em meio à luta de classes e ao combate inseparável
e sem quartel ao revisionismo e todo oportunismo; uma conferência internacional
para estabelecer níveis de coordenação entre diferentes partidos, organizações
e iniciativas maoístas que desenvolviam guerra popular ou que, em diferentes
níveis de desenvolvimento estivessem preparando para iniciá-la. A denominação
de “Unificada” no caráter da conferência internacional maoista proposta era, e
é, uma clara deferência e reconhecimento à existência de outras iniciativas,
das quais se destacava a da chamada “Maoist Road”.
Naquele mesmo ano, uma declaração
impulsionada pela “Maoist Road” proclamava: “The popular masseswant to
overthrow the capitalist, imperialist governments and the governments
their servants! Proletarians want to unite for the Party of the
revolution! Communists support anti-imperialist struggles and
develop People’s Wars for the world proletarian revolution!”.
Além destas duas declarações, uma terceira
proposta pela UOC-MLM-Colômbia: “¡Unámonos y tracemos una línea clara de
deslinde entre el marxismo y el revisionismo”, centrava em combater o
“centrismo” no MCI, atribuído aos Partidos e Organizações oriundas do MRI, que
seguiam apoiando a chamada “fração Kiran” no Nepal, referindo-se, sobretudo aos
partidos da iniciativa Maoist Road.
Nos primeiros anos de Maoist Road, suas
declarações não eram principalmente negativas, motivo pelo qual, alguns
partidos, como o Partido Comunista do Brasil – Fração Vermelha, assinaram ambas
declarações, numa clara demonstração de desejo de unidade. Em anos seguintes a
proposta de declarações impulsionadas por Maoist Road denotava desviar-se de
seu rumo.
Ao longo dos anos, por discrepâncias de
conteúdo e do método de defini-lo, as duas primeiras iniciativas
desenvolveram-se por caminhos separados, expressando duas concepções e duas
linhas políticas distintas.
Neste período, considerávamos que era justa a
existência de múltiplas declarações de 1o de Maio e sobre temas
ideológicos candentes, pois correspondia à necessidade de que diferentes
concepções, posições e critérios pudessem ser expostos com mais clareza, com o
objetivo de desenvolver a luta de duas linhas no MCI. Em correspondência a
essas divergências as declarações expressavam desde o princípio diferentes
critérios para a construção do MCI. A história destas declarações compõe parte
da luta pela reunificação dos comunistas no mundo, separando duas concepções e
duas linhas políticas distintas.
Enquanto a declaração impulsionada pelos
Partidos e Organizações MLM da América Latina foi expressando uma crescente
unidade ideológica e política, baseada no desenvolvimento das forças maoistas
em cada país, e logo ganhando novas adesões, na Europa e América do Norte; as
outras declarações, como a impulsionada pela “Maoist Road”, nos pareceu seguir
uma espiral inversa.
No 1o de Maio de 2018 “Maoist
Road” parece ter culminado sua crise, como revelaram publicamente seus
firmantes. Ademais de seu conteúdo representar um amálgama de posições
genéricas que não respondem aos mínimos problemas da Revolução Mundial e do
MCI, desde sua preparação foram gravemente violados alguns princípios
elementares da relação entre partidos comunistas.
Em uma bela demonstração da dialética
prachandista, na qual “dois conformam um”, assistimos surpresos ao fato de que
a UOC – MLM, que por anos a fio dedicou declarações conjuntas contra o
“centrismo” – atribuído a “Maoist Road” – e assinava com esta uma mesma
declaração, sem que nenhuma das duas partes tenha feito qualquer “retificação”
de suas posições.
Diferente é nossa consideração sobre o aparecimento
da assinatura do TKP/ML e do PCI (Maoista) nestas declarações. Até onde sabemos
esses partidos sequer foram consultados sobre essas assinaturas. Neste caso é
uma manifestação grosseira de métodos oportunistas, típicos expedientes do
revisionismo.
2) Algumas
questões sobre a unidade do Movimento Comunista Internacional
Como é sabido o PC(m)A, junto ao PCm
Itália e o então PCI ML-Naxalbari, foi um dos signatários da resolução
denominada por “Resolução Especial”, publicada no 1o de Maio de
2012. Esta resolução formalizou a liquidação do MRI.
Na referida “Resolução Especial”, da qual o
PC(m)A é signatário afirmava que:
“Neste
contexto uma potencial nova onda da revolução proletária mundial emerge e se
desenvolve, com as gueras populares dirigidas por partidos Maoistas, como
pontos de referências e âncora estratégica...
…Na crise é cada vez mais claro que a revoluão é a tendência principal…
...Nos países oprimidos pelo imperialismo a
perspectiva da guerra popular está avançando. Na India, a guerra popular
dirigida pelo Partido Comunista da Índia (Maoista) resiste vitoriosamente aos
ataques sem precedentes do inimigo e se expande e avança. A guerra popular nas
Filipinas dirigida pelo Partido Comunista das Filipinas avança e se estabelece
como uma importane parte da onde da Revolução Proletária Mundial. A
guerra popular no Peru, inciada sob a liderança do Partido Comunista do Peru
dirigido pelo Presidente Gonzalo contínua como uma farol estratégico para todo
movimento comunista internacional”. (Primeira Resolução aprovada pela
Reunião Especial de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas do
Movimento Revolucionário Internacionalista, Primeiro de Mario de 2012.
sublinhado nosso).
Na sequência, no mesmo maio de 2012, o
PCR-USA lançou uma carta dirigida aos partidos e organizações maoistas, onde
vomita seu revisionismo contra o Maoismo, o Presidente Gonzalo e a Guerra
Popular. Nesta carta, Avakian ataca a referida “Resolução Especial” e seus
autores e também anuncia o fim do MRI, advogando muitas posições agora
defendidas pelo PC(m)A.:
“A los
líderes de esta nueva “iniciativa” no les preocupa esta falta de entrarle
seriamente a las cosas porque ellos están tratando de sustituir el énfasis de
Mao en “lo correcto de la línea política e ideológica” com un diferente
criterio de “unidad”, en particular un llamado demagógico y pragmático a tomar
las guerras populares dirigidas por maoístas como “sus puntos de referencia y
puntal estratégico...
...el
Manifiesto del PCREU se hace un análisis de dos tendencias erróneas dentro del
movimiento comunista internacional ... “un enfoque hacia la teoría y los
principios comunistas como una especie de dogma, similar a un catecismo
religioso...
...el
despreciable Llamado del 1o de Mayo...incluyendo hablar de maoísmo sin discutir
la más importante contribución de Mao sobre continuar la dictadura del
proletariado, y reducir el maoísmo a Guerra Popular...
...se
examina el Llamado del 1o de Mayo de 2011 por una nueva organización comunista
internacional, así como el más reciente documento de la Propuesta borrador
[Resolução Especial] es notorio este tipo de enfoque…. en que las guerras
populares son “los puntos de referencia y pilar estratégico”. (...) En el
documento de 2011 se pinta unfalso (y francamente ridículo) cuadro en el que la
guerra popular está avanzando en el Perú, las Filipinas y Turquía, y que, de
algún modo, esto servirá como la base para el reagrupamiento de los comunistas.
(Carta a los partidos y organizaciones participantes del Movimiento
Revolucionario Internacionalista, Partido Comunista Revolucionario, Estados
Unidos, 1 de Mayo de 2012)
A referida “Resolução Especial” foi
apresentada ao MCI como um ponto de inflexão. Os Partidos que foram seus
signatários se proclamaram a vanguarda na luta pela “formação de uma Nova
Organização Internacional” que substituísse o MRI e, diferentemente do
PCR-USA, se advogaram verdadeiros herdeirosdo MRI. Cada partido tem o
direito de arvorar-se continuador das melhores tradições do MCI. Entretanto,
cada partido ou organização, deve ser medido única e exclusivamente por sua
prática social concreta na aplicação do MLM na revolução em seu país e no MCI.
Passados mais de sete anos desta chamada
“Resolução Especial”, diferentemente de ser um ponto de partida no qual se
apoiar, guiar, buscando ampliar e aprofundar a participação de mais partidos e
organizações, como se propunha, comprovou-se ser apenas o desfecho de
formalização de uma situação que não se sustentava mais. Nem sequer o tão
predicado “seminário de balanço do MRI” ou quaisquer outras atividades, que
tivessem as mínimas características e preparação necessárias para a construção
do MCI – Ideológicas, políticas e orgânicas – foram levadas a cabo. Tampouco,
segundo nos parece, as forças maoistas em seu interior puderam expressar um
desenvolvimento real, que servisse de base para o MCI, de maneira que esta era
já uma iniciativa agonizante em seu ecletismo ideológico, por sua incapacidade
política e absoluta inanição orgânica.
Consideramos que o MRI foi um passo a frente
em seu momento, e de que é necessário um correto e justo balanço da sua
experiência. Para realizar esse correto e justo balanço do MRI é necessário
analisar a história da luta de duas linhas em seu interior e o papel de cada
partido nela. Como todo organismo revolucionário o MRI se dividia entre
esquerda, centro e direita. Aqueles que hoje se advogam “herdeiros” legítimos
do MRI devem manifestar de modo claro que herança reivindicam e a que herança
renunciam. Uma posição centrista a respeito não é nada mais que aderir ao
revisionismo.
Por isso, tomamos como ponto de partida a
Declaração Conjunta de 24 de Setembro de 2018, por ocasião do 26o aniversário
do discurso do Presidente Gonzalo, por representar o ponto de vista de um
conjunto expressivo de ao menos 11 partidos e organizações do MCI, de
diferentes regiões do mundo: Partido Comunista de Ecuador-Sol Rojo,
Partido Comunista del Brasil (Fracción Roja), Movimiento Popular Perú (Comité
de Reorganización), Fracción Roja del Partido Comunista de Chile, Organización
Maoísta para la Reconstitución del Partido Comunista de Colómbia, Núcleo
Revolucionario para la Reconstitución del Partido Comunista de México, Comité
Bandera Roja – Alemania, Comités para la Fundación del Partido Comunista
(Maoísta), Austria, Guardias Rojos – USA, Servir al Pueblo – Liga Comunista de
Noruega e Colectivo Bandera Roja (Finlandia).
Este conjunto de partidos e organizações tem,
em sua maioria senão todos, sua prática bastante conhecida no Movimento
Comunista Internacional, de maneira que seu posicionamento tem uma evidente
relevância.
Sobre o balanço do MRI afirmamos na
Declaração Conjunta:
“si bien el MRI correctamente fue
caracterizado por el Presidente Gonzalo como un ‘paso adelante’, él también
señaló, con la precisión que le es propia, que ‘mientra se siga una
linea ideológica-política justa y correcta’; será un paso adelante, y así
el MRI sirvió a unir a los comunistas en base a la linea roja, y ésta no podía
ser otra que la del Presidente Gonzalo. Es decir, lo principal de la evaluación
del MRI es constatar que, sirvió a la revolución proletaria mundial - en
particular a la tarea de bregar por la reunificación de los comunistas,
mientras sirvió a la lucha de poner el maoísmo como su único mando y guía, es
decir, a la lucha dirigida por el Presidente Gonzalo, y dejó de jugar
un papel positivo, cuando los revisionistas del “PCR” de los Estados Unidos,
aprovechando la situación problemática de la izquierda por el recodo en la
guerra popular en el Perú, pasó a hegemonizarlo totalmente.”
Porém que, ante à nova situação criada pela
ofensiva geral da contrarrevolução, nos 1990, os demais partidos do MRI não
sustentaram esse passo adiante. À maior parte deles faltava uma
definição clara e correta do conteúdo do Maoismo, solidez e suficiente decisão
para aplicá-lo. De maneira que, frente aos golpes desferidos pela reação e o
revisionismo, não o sustentaram e desviaram-se. Basta dizer que não foram
poucos os partidos e organizações que em um par de anos, pública ou
secretamente, aderiram às posições prachandistas ou avakianistas, sobre
questões fundamentais do marxismo.
Alguns, tementes à luta de duas linhas e
refratários a crítica e autocrítica, objetam de todas as maneiras a luta de
duas linhas sobre problemas fundamentais do MCI e da RPM. Sobre os problemas do
MRI quiseram impor “borron y cuenta nueva” e impedir que se aprofundasse a luta
de duas linhas. Persistindo em seus erros seguem afirmando que
“nenhuma discussão, nenhuma luta de duas linhas pode acontecer antes da
Conferência Internacional” . Estes são os partidários do critério oportunista
de que a unidade pode ser resultado de uma discussão em assembleia ou de um
acordo entre grupos e não da luta de duas linhas que preconiza o maoismo.
3) Sobre
alguns princípios ideológicos para a construção
O proletariado é internacional, é uma única
classe em todo mundo, com interesses de classe únicos e
de destinos indissoluvelmente ligados,
não se pode ser comunista se não se pensa no comunismo, e que, no comunismo ou
entramos todos ou não entra ninguém, como enfatizou o Presidente Mao. Por isso
o internacionalismo é um princípio pétreo, a unidade um objetivo buscado e alcançado
permanentemente por meio da luta.
Unidade de contrários, como tudo é, a
verdadeira unidade comunista é a unidade de princípios, que desde o da
concepção de mundo dialética materialista e histórica ao do centralismo
democrático como organicidade, passando por outros tantos, só pode ser obtida,
sustentada e desenvolvida por meio da luta. Aprofundando o grande Lenin, o
Presidente Mao nos ensinou que a unidade é relativa e somente pode ser
alcançada através de dura luta, que é absoluta. Nesse sentido e por isso mesmo
a unidade é um objetivo permanente e uma poderosa bandeira a
ser desfraldada.
O grande camarada Lenin nos ensinou que
a unidade não pode ser prometida, não pode ser “criada” por acordos
entre grupilhos, a “unidade debe ser conquistada… con
un labor tenaz y perseverante…. La unidad puede avanzar
solamente con el labor y organización de los obreros
avanzados… La unidad es imposible sin organización.” (Lenin.
Acerca de la unidad. 30 de mayo de 1914. Acerca de la unidad del Movimiento
Comunista Internacional.)
Falar de unidade enquanto sabota a unidade é
um velho método oportunista que visa encobrir a verdadeira natureza da luta
entre duas linhas sobre questões fundamentais do Marxismo e do MCI. A luta
de duas linhas no interior de um partido é um reflexo da luta de classes na
sociedade, e é absoluta enquanto a unidade é sempre relativa. Somos partidários
do método da “luta de duas linhas como força impulsionadora do
desenvolvimento partidário”, como princípio marxista fundamental, válido e
imprescindível, para todo Movimento Comunista Internacional.
Após mais de duas décadas de duras lutas do
proletariado internacional, falsos dirigentes como Prachanda e Bathharai ou
profetas fracassados como Avakian, foram desmascarados e desmoralizados como um
“novo revisionismo”, oposto ao Maoismo.
Enquanto isso o Presidente Gonzalo e os
aportes de seu pensamento, cada vez mais, foram reconhecidos e assumidos pelo
Movimento Comunista Internacional. São aportes com os quais têm se formado
e desenvolvido, com força renovada, novos partidos e organizações,
baseados na defesa do Maoismo e em e para a Guerra Popular.
Essa é uma vitória do proletariado internacional, através de dura luta de duas
linhas e luta de classes. Entretanto o revisionismo, de novo e velho tipo,
segue se expressando no MCI em ideias, critérios e posições de partidos que
dizem combatê-lo, porém na prática não vão além da retórica, quando o
revisionismo segue sendo o perigo principal.
Em seu documento de crítica os
camaradas afegãos afirmam:
“En este
momento, reclamar una evolución adicional al marxismo-leninismo-maoísmo es
infundado, ya sea que estas afirmaciones sean del revisionismo del ‘Camino
Prachanda’ y la ‘Nueva síntesis de Avakian’ o del desviacionismo del
‘Pensamiento Gonzalo’… Nuestro partido siempre ha enfatizado que las aserciones
prematuras como ‘Pensamiento Gonzalo, Camino Prachanda y Nueva Síntesis de
Avakian’ son historicamente responsables del colapso del MRI.”
Ademais o pensamento Gonzalo é apresentado
como uma forma ainda mais perigosa de desvio à ser combatido, segundo acusa
dito documento, porque ao contrário do novo revisionismo de Avakian, Prachanda
e da LOD, segue com influência crescente no MCI: “porque continúa desempeñando
un papel histórico negativo e incluso estuvo detrás de la composición de una
declaración internacional conjunta en celebración del Día Internacional de los
Trabajadores para promover el sectarismo...Por lo tanto, es necesario que, junto
con los principios teóricos, ideológicos y políticos basados en el MLM contra
la Nueva Síntesis de Avakian y el revisionismo del Camino Prachanda, se deba
librar una lucha contra la desviación que ha surgido como Pensamiento Gonzalo. El
PC(m)A ya no está obligado a mantener la lucha interna, sino que
considera que es totalmente necesario comenzar a llevar a cabo esa lucha a
nivel internacional.” (sublinhado nosso)
Nos reafirmamonos no estabelecido na referida
declaração conjunta do dia 24 de setembro de 2018, por ocasião do aniversário
do Discurso do Presidente Gonzalo:
“Entonces, el problema en el MCI no radica,
principalmente, en que el maoísmo no esté reconocido formalmente, sino en cómo
lo entienden algunos, por eso la importancia de partir de quien definió el
maoísmo como la nueva, tercera y superior etapa de nuestra ideología; porque
solo partiendo de lo establecido cientificamente por el Presidente Gonzalo es
que podemos entender el maoísmo como una unidad, como un sistema armónico. Sí
no se parte de lo establecido por el Presidente Gonzalo se cae en eclecticismo,
contraponiendo citas, pero no entendiendo las ideás. Si entendemos esto,
podemos entender la razón por la cual, no son pocos los Partidos y
organizaciones que llevando tiempo más prolongado se han quedado estancados y
no dan saltos en su procesos, mientras los que más se afincan en aprender del
Presidente Gonzalo, en general, van avanzando, principalmente en términos
cualitativos, pero también en términos cuantitativos. Los que se apuran de
poner etiquetas les aconsejamos que abran sus ojos al verdad material en vez de
dejarse exaltar por sus imaginaciones.”
Hoy, pasados 35 anos de la fundación del MRI,
el maoísmo es acepto, como nueva, tercera y superior etapa del marxismo por
todo el Movimento Comunista Internacional. Diferentemente de aquello entonces,
a parte de revisionistas de diferentes tipos y los adoradores de Hohxa e Teng,
no hay praticamente partido que sea parte del MCI, que sustenga que estamos en
la época del ML o ML-Pensamiento Mao Tsetung. Los partidos que hoy sustiene ML
o mismo pensamiento Mao, son ya notorios revisionistas, y nadie lo podria decir
que formam parte del MCI. Otros que antes han sido parte del MCI, tales como
Avakian y Prachanda, han sido desemascarados como notórios revisionistas.”
No entanto, entre estes diferentes Partidos e
organizações, há diferentes compreensões sobre o conteúdo do
Maoismo. Reafirmamos que em síntese não há salto no processo do
conhecimento acerca do maoismo por parte destes. Não basta reconhecer que o
maoismo é uma terceira etapa, é necessário uma correta definição de seu
conteúdo, sem uma definição correta de seus elementos fundamentais, não pode
haver uma aplicação correta.
A Campanha pelo Maoismo não pode dar um
grande salto apenas com declarações, estudos e debate se não avança em mais
Guerras Populares no mundo, ademais de maior desenvolvimento das que estão em
curso. Por sua vez, nenhum partido poderá avançar na tarefa central e principal
de reconstituir ou constituir PC para iniciar a Guerra Popular, sem compreender
e assumir os aportes de validez universal do pensamento Gonzalo, como parte
indesligável e imprescindível para a aplicação do Maoísmo como encarnação
ideológico-política.
Por isso reafirmamos que o maoísmo é a
terceira, nova e superior etapa da ideologia do proletariado internacional, o
marxismo dos dias de hoje. O pensamento Gonzalo é a aplicação criadora, do
marxismo-leninismo-maoismo à Revolução no Peru mediante Guerra Popular, sem o
qual não poderíamos compreender o maoismo.
Assim que hoje, para atacar o maoismo, o
revisionismo em suas mais variadas expressões aponta crescente e centralmente
contra o pensamento Gonzalo, com o objetivo de impedir uma correta assimilação
do maoísmo, esvaziar e reduzir seu conteúdo, esterilizando-o. Por isso a
campanha em defesa do Presidente Gonzalo e a campanha pelo maoismo são duas
campanhas estratégicas e inseparáveis, como afirmou recentemente o Partido
Comunista Maoista (França), defender o “Presidente Gonzalo é defender o
maoismo”.
O Partido Comunista (maoista) do Afeganistão,
ao lançar seus ataques contra o Presidente Gonzalo, aponta invariavelmente
contra o maoismo e se lança no pântano do revisionismo socavando a base de
unidade do Movimento Comunista Internacional.
4) Algumas
questões sobre a construção política:
O mais grave e revelador é a posição dos
camaradas afegãos sobre as Guerras Populares no mundo. O PC(m)A separa o MCI de
sua base, nega o avanço da Revolução Proletária socavando a unidade do
Movimento Comunista Internacional.
O PC(m)A se porta como um juiz implacável
quando afirma: “actualmente no hay guerra popular en Turquía(...). El PC(m)A no
estuvo de acuerdo con la declaración internacional conjunta del Primero de Mayo
sobre la existencia de una guerra popular en Turquía, ni anteriormente ni este
año...”. Segundo os camaradas afegãos, defender a Guerra Popular na Turquia:
“daña la reputación de la declaración y a sus signatarios y no beneficia a
nadie”.
Todos os comunistas no mundo sempre
observaram com particular atenção o desenvolvimento da Revolução na Turquia.
Neste país, sob o impacto da Grande Revolução Cultural Proletária na China
Popular, o partido foi formado em 1972, por Ibrahim Kaypakkaya, como um partido
comunista marxista-leninista aderido ao pensamento Mao Tsetung. Nos anos de
1990 o TKP/ML reconheceu o maoismo como terceira, nova e superior etapa do
marxismo. A história do Partido e da Guerra Popular neste país, tal como
outros, sofreu golpes e desvios do ponto de vista ideológico, político e
orgânico que impediram seu maior desenvolvimento.
Contudo, o central e principal é que a
bandeira da Guerra Popular levantada por Ibrahim Kaypakkaya, seguiu e segue
sendo desfraldada pelo TKP/ML, pelo heroico TIKKO, e pelas massas populares que
combatem sob sua direção para realizar a Revolução de Nova Democracia mediante
Guerra Popular.
Como é de conhecimento público, nos últimos
anos teve lugar uma importante luta de duas linhas no interior do TKP/ML. Nela,
através de dura luta, a esquerda se impôs derrotando uma pandilha negra
liquidacionista oportunista de direita que pretendia destruir o Partido e
liquidar a Guerra Popular, colocando o proletariado e massas populares a
reboque do bando reacionário do PKK. Através de dura luta de duas linhas, a
esquerda se impôs arvorando, defendendo e aplicando maoismo, guerra popular e
depurando o Partido do bando liquidacionista. Esta é uma grande vitória do
proletariado e massas populares na Turquia (turcos e curdos), da luta por
autodeterminação da nação Curda e do proletariado internacional, do maoismo e
do MCI.
É agarrando mais firmemente o maoismo e a
guerra popular que os comunistas turcos estão resolvendo e resolverão os
desafios da revolução, dando um novo e poderoso impulso. A posição do PC(m)A
converge e serve à pandilha negra revisionista e liquidacionista de direita,
servindo a seus protervos objetivos de negar o maoismo, destruir o TKP/ML, e
liquidar a Guerra Popular.
Apoiar os Partidos Comunistas e as Guerras
Populares, ainda que estas passem por momentos difíceis e complexos e que a
real situação não esteja completamente clara é uma forma de impor derrotas ao
inimigo e encorajar as massas e militantes, quando estes se encontram em
momentos cruciais.
Em outra parte afirma: “PC(m)A no
está de acuerdo con que exista actualmente una guerra popular en Perú, (…)
afirmar que existe una guerra popular en Perú, como lo han hecho las dos
declaraciones del Primero de Mayo de este año (la declaración que firmamos y la
declaración en discusión), es errónea. El hecho es que lo que existe en las
“alturas de Vizcatán” en Perú son grupos armados del partido y sin partido”.
...“sin una evaluación exhaustiva de su pasado, incluidas las victorias y los
fracasos del partido y la guerra popular, el PCP no puede reorganizarse y no
puede reiniciar la guerra popular. Con este fin, el PCP debe confiar en los
logros positivos del primer congreso del partido en 1986[sic], pero esto
solo no es suficiente. El partido debe identificar las deficiencias del congreso.
Sobre la base de la evaluación integral de las experiencias positivas y
negativas del pasado y el despliegue de los resultados de esta evaluación en la
práctica revolucionaria y la formalización de sus resultados en el segundo
congreso del partido, el partido debe formar una nueva base ideológico-política
y organizativa para sí mismo. Confiar en un congreso de hace 32 años es
claramente insuficiente”.
Para ser bons professores é preciso antes ser
bons alunos, fazer diligentemente o dever de casa é atitude sábia para poder
opinar ou aconselhar com razão e conhecimento. Mas tal como Avakian, o PC(m)A
tenta de maneira oportunista se aproveitar dos golpes da reação e do
revisionismo e decretar o fim da Guerra Popular no Peru e a invalidez do
pensamento gonzalo.
Nenhuma Revolução na história, em lugar
nenhum e em tempo algum, encontrou um caminho fácil. Todas invariavelmente
tiveram que enfrentar momentos de grandes e perigosos desafios, transitando por
anos no fio da navalha. Acaso para o triunfo da Grande Revolução Socialista de
Outubro houve alguma mudança importante na linha política geral após a derrota
de 1905-07 –, não foi com a mesma linha da revolução derrotada em 1905 que se
triunfou em 1917? Quem, senão os mencheviques, propuseram uma revisão e trilharam
o caminho do liquidacionismo ante a ofensiva da contrarrevolução? Não foi assim
com a Grande Revolução Chinesa e a Grande Revolução Cultural Proletária? Não
sofreu por acaso uma dura derrota e o poder do proletariado usurpado pela
burguesia? E por acaso também não são estas derrotas todas temporárias, que não
pode haver derrota definitiva para o proletariado? Devido a esta derrota
temporária, os comunistas do mundo deveriam ou não plantear a necessidade de
realizar um profundo balanço do pensamento Mao Tsetung e do papel do Presidente
Mao, deveria ou não desfraldar e defender o maoismo contra o
revisionismo? A Guerra Popular no Peru dirigida pelo PCP e o pensamento
Gonzalo nos deu o Maoismo, da ponta dos fuzis da Guerra Popular no Peru nasceu
um Movimento Comunista Internacional Maoista, este é um fato contundente,
irrefutável e irrevogável!
Ainda que a Revolução tenha sofrido um recuo
e o Partido tenha sido desorganizado pelos golpes da reação em conluio com o
revisionismo, a Guerra Popular nunca cessou nem por um minuto. Unindo-se
firmemente em torno do histórico Primeiro Congresso, congresso
marxista-leninista-maoista pensamento gonzalo e na defesa incondicional de sua
chefatura, o Presidente Gonzalo, que inquebrantáveis comunistas estão dando
resposta a problemas novos e superando os desafios que a toda grande e
verdadeira revolução se apresentam, avançando decididamente para culminação da
reorganização geral do partido, que significará um novo e poderoso impulso para
a Guerra Popular e para a Revolução Proletária Mundial.
O grandeLenin dizia que somente é sólido na
Revolução aquilo que foi conquistado pelas massas proletárias. O camarada Lenin
afirmou que a “fundación de la Internacional Comunista em 02 de marzo de 1919,
em Moscou, ha sido la referendación de lo conquistado, no solo por las
masas proletarias rusas, por todos los pueblos de Rusia, sino también por las
de Alemania, Austria, Hungria, Finlandia, Suiza, em una palabra, por las masas
proletarias de todo el mundo… y precisamente por eso la fundación de
la Internacional Comunista es una obra sólida”. (sublinhado nosso). Por acaso a
Revolução em Alemanha, Austria ou Suiza tiveram um grande desenvolvimento?
Puderam manter suas posições e consolidar-se? Entretanto Lenin afirmou de
maneira clara e peremptória: “El hielo se puso en movimiento! Lo
soviets han triunfado en lo mundo entero”.
Este foi o critério estabelecido por Lenin
para julgar o desenvolvimento da RPM e do MCI. Este é um critério válido para
um pequeno comitê, uma organização ou um partido, e ainda mais para o Movimento
Comunista Internacional.
Não é por casualidade que o PC(m)A aponte
contra o histórico Primeiro Congresso, que neste ano de 2019 cumprem-se 30 anos
da conclusão. O Primeiro Congresso é um marco fundamental não apenas para a
Revolução peruana, mas para a Revolução Proletária Mundial e o Movimento
Comunista Internacional, porque é o Primeiro Congresso
marxista-leninista-maoista da história do Movimento Comunista Internacional,
antes dele não houve nenhum outro. Mesmo o grandioso e histórico IX Congresso
do Partido Comunista da China, ao qual celebramos seu 50o aniversário
não havia chegado a definir e defender o maoismo.
No Primeiro Congresso foi formulada pela
primeira vez a definição científica do marxismo-leninismo-maoismo; sua
aplicação à teoria e prática da revolução peruana como parte e a serviço da
revolução mundial, como ideologia o maoísmo e o pensamento Gonzalo,
principalmente, a linha política geral em seus cinco aspectos, linha
Internacional, revolução democrática, linha militar, linha de construção e
linha de massas, além dos princípios básicos e programa, tudo conquistado e
sancionado por mais de 8 anos de Guerra Popular invencível. Filho do Partido e
da guerra popular, o histórico Primeiro Congresso sintetizou o maoismo como
terceira, nova e superior etapa do marxismo e deu à luz ao pensamento Gonzalo.
Na Intervenção na qual fundamenta o Maoísmo
durante o Congresso (1988-1989), o presidente Gonzalo concluiu recordando o
dito por Marx sobre O Capital: “sigue tu destino, sigue
tu camino, libro”. De que ataquen, de que acepten, de que duden, así es la
realidad, pero la palabra está dicha; dice el Congreso que tiene que definirse
así corresponde y es el debate que nos tiene que servir a comprender más y
mejor y más profundamente el maoísmo”. Proféticas palavras!
Por isso nesta ocasião reiteramos o afirmado
pela declaração de 24 de setembro de 2018:
“nos toca
muy particularmente saludar a los camaradas del Partido Comunista del Perú,
quienes con firmes pasos avanzan en la reorganización general del Partido y ya
ven cercano el día su culminación; proceso que se da en medio de la guerra
popular, como prueba, una vez más, las recientes acciones contundentes del
Ejercito Popular de Liberación, manteniendo los Comités Populares y Bases de
Apoyo. Los comunistas del mundo reconocemos el papel extraordinario del PCP y
nadie puede dudar que la culminación de la reorganización de este Partido
significará un impulso clave para la revolución proletaria mundial y será una
pieza decisiva en la lucha por la reunificación del MCI.”
A persistência inquebrantável e desenvolvimento
das Guerras Populares na Índia, Peru, Filipinas e Turquia, contra o vento
e a maré contrarrevolucionários, derrotando as sucessivas campanhas de cerco e
aniquilamento, bem como os chamados aos “acordos de paz” e capitulação, são uma
grande fonte de inspiração e sólidas fortalezas do maoismo para derrotar o
revisionismo e todo oportunismo. As Guerras Populares são a base e centro
através do qual pôde se desenvolver com revivida força o Movimento Comunista
Internacional.
Estas são conquistas sólidas,
forjadas como aço na fornalha da Guerra Popular. Negar essas
conquistas é negar a Guerra Popular, é negar o Maoísmo.
Ao abordar o surgimento de novas forças
maoistas nos países imperialistas, o PC(m) do Afeganistão sentencia:
“En varios países europeos existen avances en
la implementación del maoísmo en el seno de las bestias imperialistas en
Europa, para establecer o restablecer los partidos comunistas maoístas. Estes
avanços do movimento comunista nos países imperialistas estão impugnados e limitados
pela problemática de la modalidad de la guerra popular en los países
imperialistas. (…) Creemos que proporcionar un modelo teórico tan claro es
tarea de una conferencia internacional Maoísta y debe resolverse a nivel
internacional”.
Os longos anos de convivência com Avakian
parece ter deixado um profundo lastro na cabeça dos camaradas afegãos. Tal como
Avakian, os camaradas afegãos estão planteando o desenvolvimento da ciência
desligado da prática. Segundo eles a guerra popular nos países imperialistas é
“modelo teórico”, que será resolvido pela “Conferência Internacional” e não da
aplicação à particularidade de cada país do maoismo e da Guerra Popular, como
linha militar do proletariado internacional.
Segundo os camaradas afegãos o proletariado
dos países imperialistas deveria esperar que uma “Conferência Internacional”
defina um novíssimo “modelo teórico” da Guerra Popular. Esta avakianada não
é outra coisa que opor-se de fato a toda aplicação do maoismo e da guerra
popular e a toda unificação do Movimento Comunista Internacional baseada nestes
princípios.
Os camaradas afegãos afirmam que é um exagero
definir como uma vitória para o Movimento Comunista Internacional, que os
comunistas durante as jornadas de luta contra o G20 tenham levantado a bandeira
do maoismo e não permitiram que ela fosse arriada. Segundo os camaradas
afegãos, estes fatos são apenas algo que “não deve ser ignorado”, e não podem
ser considerados “uma vitória completa” para o proletariado internacional.
Devemos esclarecer que ainda que neste ponto
se verifica uma falha na tradução ao inglês (a palavra original em português
“rotunda” que significa “categórica” ou “decisiva”, foi erroneamente traduzida
por “complete”) isso não muda essencialmente o significado exposto neste
trecho. Mas a questão é que do ponto de vista dos objetivos dos seus
organizadores, a manifestação foi vitória completa.
Sim, reafirmamos que a intervenção
classista nas jornadas de julho de 2017 contra o G20 foi uma rotunda vitória,
não apenas na Alemanha e Europa, mas para todo MCI. Pela primeira vez em
décadas – como reconheceram os próprios jornais da burguesia imperialista –
centenas de bandeiras vermelhas com a foice e o martelo foram vistas dirigindo
os combates da juventude proletária contra a gendarmeria montada pelo aparato
de guerra da burguesia imperialista. Este contingente maoísta durante as
manifestações se inseriu em uma ampla jornada de dentro e fora das
manifestações, através de ações entres as massas dos bairros operários.
Os camaradas afegãos parecem enxergar apenas
o que está diante do próprio nariz, pior da cegueira é não querer ver, mais
importante do que os resultados imediatos e aparentes é o processo posto em
marcha sob linha idelógico-política revolucionária proletária. El
hielo se puso em movimiento!
Os camaradas afegãos se comportam como juízes
implacáveis, querem sentenciar que todo avanço é insuficiente, que toda vitória
é casual, que tudo que é vermelho é negro. Decretam a inexistência da Guerra
Popular no Peru e na Turquia, impugnam os avanços dos Partidos Comunistas na
América Latina, Estados Unidos e Europa e a unificação dos comunistas, onde só
veem sectarismo e fracionismo, erros, limitações e derrotas.
Não foi predicando a revogação dos vereditos
da Revolução Cultural, acusando-os de sectarismo e extremismo, de só causar
males e dividir o povo chinês, que em 1975, os tengsiaopinguistas seguidores do
caminho capitalista, conformaram opinião pública confundindo as massas
levantando o pensamento Mao Tsetung para atacar o pensamento Mao Tsetung para
derrotar a Revolução Cultural, restaurar o capitalismo e liquidar o PCCh?
Pois sim! Se os partidos que tomaram parte
dos Encontros da América Latina e Europa são sectários e fracionistas, poderiam
os “unificadores” do PC(m)A nos oferecer algum exemplo de como os senhores
trabalharam para conquistar a unidade no MCI, ademais de disparar diatribes
contra quem devota esforços concretos para tal? Os camaradas afegãos, em
seu afã de vanguarda mundial de retórica, nos parece que, sitiados por seu
próprio marasmo, não podem deixar de confessar sua prostração constatando que:
“Por otro lado, internacionalmente y en relación con el restablecimiento de
una nueva organización internacional de los MLM para llenar el vacío de MRI, ha
pasado al menos una década y no hemos tenido éxito”.
Por isso o grande Lenin advertia que “El
rasgo distintivo, característico de la confraternidad bajo consideración era su
amor por lo amorfo... ‘negar’ todo lo que sea exactamente opuesto a esta amorfía,
es uno de los rasgos básicos del liquidacionismo. (De «Sobre la estructura
social del poder, las perspectivas y el liquidacionismo" (Publicado en la
revista Mysl, N.° 4, marzo de 1911). O PC(m)A tenta apresentar um
Movimento Comunista Internacional imerso na debilidade e no caos, quando na
realidade quem está imerso na debilidade e no caos, mesmo nos casos em que
alguns se camuflam num ativismo reformista frenético, é a direita oportunista e
liquidacionista.
Maríategui nos ensinou que, uma vez que a
ideia é realizada, não cabe mais falar de ideia senão da realização, da ideia
corporificada. Assim que atacar o referendado é atacar o conquistado, e opor-se
ao desenvolvimento do Movimento Comunista Internacional é trilhar o caminho do
liquidacionismo.
Esta tendência oportunista e revisionista é
uma contracorrente no Movimento Comunista Internacional oposta ao maoismo, à
unidade do MCI e a Guerra Popular. Representa a passagem ao liquidacionismo de
alguns daqueles que se mantiveram anos a fio encobertos no centrismo, afundados
em sua incapacidade ideológica, política, e absoluta falta de iniciativa.
Entretanto é necessário ver que esta
tendência liquidacionista em particular é reflexo da luta de classes entre
revolução e contrarrevolução. De onde se originam essas posições? Do
lastro da propaganda da contrarrevolução na cabeça de alguns. A essência deste
liquidacionismo converge sinistramente com o triplo ataque do imperialismo
contra o Maoismo, contra o Partido Comunista e a unidade do MCI e contra a
Guerra Popular, a fim de socavar a unidade do Movimento Comunista Internacional
e deter o avanço da revolução proletária mundial.
Desde que Avakian e Prachanda, tal como a LOD
do Peru, revelaram sua linha ideológico-política oposta ao Maoismo, o proletariado
internacional pôde desmascará-los e aplastá-los como um novo revisionismo,
unindo-se firmemente no Maoismo e Guerra Popular. Por isso a tendência
liquidacionista de direita necessita mascarar sua natureza ideológica e
política na busca de lograr seus nefandos objetivos, servindo-se sinistramente
do método oportunista de levantar a bandeira vermelha para atacar a bandeira
vermelha.
A luta contra esta tendência oportunista de
direita é, portanto, a continuação e aprofundamento da luta contra o novo revisionismo,
porque esta tendência liquidacionista é uma forma mais recalcitrante e
perniciosa do novo revisionismo. Todos aqueles que cruzarem esta profunda
fronteira, que separa marxismo e revisionismo, devem ser implacavelmente
aplastados pelo proletariado internacional.
Contudo, reafirmamos o estabelecido na
declaração conjunta de 24 de setembro de 2018:
“Qué quede claro: que los comunistas nos
reafirmamos en el principio de la critica y autocrítica y la seriedad de un
Partido, como nos enseño Lenin, se mide por su capacidad de asumir la
autocrítica. Por eso no cerramos la puerta a nadie, aparte de los que han
manchado sus manos con el sangre de la masas. Así, si los que han cometido
faltas y errores graves quieren realmente corregirse son muy bienvenidos; para
eso tienen que demostrar su condición de comunistas y cerrar filas con la
izquierda, que entiendan que para ser jefe hay que mover a más que sus
“cercanos y queridos”, que un jefe proletario no es un ridículo mandamás sino
quien sabe dirigir la transformación del mundo.”
E vamos aqui recalcar, uma vez mais, para que
se quede sem margem alguma para as tergiversações e manobras da direita
oportunista no MCI: somos pela luta para chegar a unidade com base nos
princípios, partindo disto estamos por chegar a acordos. Mas rechaçamos
qualquer manifestação de hipocrisia, desonestidade e deslealdade nas relações
entre os comunistas, por isto planteamos todas as posições que defendemos,
pondo-as sobre a mesa de forma clara e sem brechas para quaisquer enganos. Daí
que, tal como na Declaração, objeto da crítica dos camaradas afegãos,
defendemos uma Conferência Internacional Maoista Unificada baseada na defesa do
maoismo e da guerra popular, e sobre esta base chegar aos acordos necessários
para a criação, o mais pronto possível, de uma nova organização internacional
para o proletariado, pela qual clama com suas crescentemente tormentosas lutas
mundo afora, rumo à futura Internacional Comunista. Os demais são temas para a
luta de duas linhas que deve seguir, sempre como meio de elevar permanentemente
a unidade dos comunistas. Portanto, tal como o Presidente Mao fundamenta na
citação posta acima na introdução deste, luta e unidade, princípios e
flexibilidade. Assim, na luta no partido e no MCI, em torno da questão da
unidade interna manejamos a duas mãos, temos sido partícipes e testemunhos
desta prática na luta pela Conferência Internacional Maoista Unificada.
5)
Defender a unidade do MCI avançando para a realização de uma CIMU e uma Nova
Organização Internacional do Proletariado
O processo de reunificação dos comunistas do
mundo não é, e não será baseado em Seminários, Conferências, reuniões, ou
acordos de grupos, mas obra dos partidos comunistas que já desenvolvem guerras
populares, dos que preparam para iniciá-las e dos comunistas que assumam a
tarefa da reconstituição de partidos comunistas marxista-leninista-maoistas. A
unidade do Movimento Comunista Internacional é a unidade do movimento real e em
desenvolvimento, baseada na construção ideológica, política e orgânica de cada
partido e organização em cada país, segundo a particularidade destes, e
correspondente ao internacionalismo de modo inseparável na reunificação dos
comunistas em coordenação, nova organização internacional até se lograr, com o
avanço da guerra popular onde está em curso e seu início em mais países, a
reconstituição plena da Internacional Comunista.
Assim, para que o Movimento Comunista
Internacional possa conquistar uma verdadeira unidade superando a dispersão de
forças, esta unidade deve ser conquistada nos planos ideológico, político e
orgânico. Especificamos: a unidade do MCI deve ser construída baseada na: 1)
Construção dos partidos comunistas em cada país e do MCI em seu conjunto, como
base; 2) a Guerra popular – de sua preparação e desenvolvimento em cada
país como parte e a serviço da Guerra Popular Mundial – como centro,
3) a ideologia e linha política geral – o marxismo-leninismo-maoismo como
guia; tudo através de dura luta de duas linhas, na luta de classes e assentadas
na linha de massas.
Diferentemente
do período de fundação ou da existência do MRI, hoje por todo mundo tem
florescido e se desenvolvido um revivido Movimento Comunista Internacional. No
Chile, Bolívia, Equador, Brasil, Peru, Colômbia, México, Estados Unidos,
Canadá, Marrocos, Tunísia, França, Alemanha, Áustria, Itália, Estado Espanhol,
Noruega, Suécia, Finlândia, Turquia, Afeganistão, Índia, Nepal, Bangladesh,
Filipinas existem
verdadeiros Partidos e Organizações Comunistas baseados na defesa do Maoismo e
da Guerra Popular. Dentre estes, há Partidos que dirigem Guerras Populares e
Partidos e Organizações que estão na fase de preparação para iniciá-la, alguns
se encontram em uma fase mais desenvolvida que outros. Além disso, em dezenas
de outros países, estão amadurecendo as condições para que surjam novas
organizações marxista-leninista-maoistas.
Este processo está plasmado e organizado em
sua imensa maioria, primeiro e principalmente, na realização de cinco Encontros
da América Latina, aos quais se somaram os quatro Encontros da Europa,
reuniões, Campanhas unificadas, declarações, Revistas, através dos quais o MCI
tem avançado na reunificação de forças, expressando uma crescente unidade que
se plasmou numa maior unificação baseada em princípios ideológicos e políticos,
assumindo a tarefa principal e pendente da realização de uma CIMU e da formação
de uma Nova Organização Internacional do Proletariado, que signifique um passo
adiante na luta pela reconstituição da Internacional Comunista.
Recordamos que o Primeiro Encontro de
Partidos e Organizações MLM da América Latina, foi precedido por uma declaração
conjunta, firmada pelo Partido Comunista do Equador – Sol Rojo e a Frente
Revolucionária do Povo marxista-leninista-maoista de Bolívia, em 2008, que
afirmava certeiramente sobre a situação da direção do MRI de então:
“su
actuación ha sido ambigua en los hechos concretos como el acuerdo de paz en el
Perú y la traición de la dirección del PCN(M) a las masas populares. Al margen
de ello, consideramos que el Movimiento Revolucionario
Internacionalista es un paso importante en el nucleamiento de organizaciones
maoístas y los objetivos de su existencia son fundamentales para el desarrollo
de la lucha comunista internacional. Como maoistas, nuestro deber es aportar a
la construcción de una dirección y vanguardia comunista a nivel internacional.
El proceso es difícil, pero somos conscientes de que necesitamos construir una
coordinación ideológica, guiada por el marxismo-leninismo-maoísmo y que
embandere el internacionalismo proletario tambien en Sudamerica y el mundo.”
Esta declaração foi o ponto de partida dos
Encontros de Partidos e Organizações MLM da América Latina, e nela já se
estabelecia a tarefa principal dos Encontros, caminho do qual a iniciativa
nunca se afastou.
A agenda do I Encontro dedicou destaque para
a luta em torno do significado e sobre a situação que se encontrava o MRI,
acordando buscar mais informes para se aprofundar a questão e lograr um correto
e justo balanço de sua experiência. Nele também se tirou a Declaração
Conjunta sobre a situação da revolução no Nepal de condenação pela traição
prachandista, mesmo que os firmantes, individualmente, em anos anteriores já
haviam tomado posição crítica ao “Acordo de Paz Global”. Esta foi firmada pelo
Partido Comunista do Ecuador Sol Rojo, Frente Revolucionária
marxista-leninista-maoista do Povo de Bolívia, Partido Comunista do Brasil
Franção Vermelha e Fração Vermelha do Partido Comunista do Chile (então
denominado por Unión de Revolucionarios Comunistas MLM de Chile).
Os Encontros de Partidos e Organizações MLM
da América Latina, desde seu primeiro Encontro em 2009, tiveram ao menos uma
semana de duração cada, com ampla preparação prévia, que permitiram ampla e
profunda discussão de todos os temas, sempre através da luta de duas linhas. A
eles se somaram outros Partidos Comunistas de outras regiões do mundo, dos
quais sempre foram convidados e estiveram presentes quando lhes foi possível, o
TKP/ML e o PCI (Maoista), que dirigem Guerras Populares.
O V Encontro de Partidos e Organizações MLM
da América Latina, em maio de 2016, representou um salto na luta pela
reunificação dos comunistas no mundo. Porque a partir dele partidos e
organizações de diferentes partes do mundo passaram a trabalhar
sistematicamente pela preparação de uma Conferência Internacional Maoista
Unificada. Logo foram realizados quatro Encontros de Partidos e Organizações da
Europa, nos quais a luta de duas linhas foi elevada, elevando a base de unidade
comum, através dos quais foram se somando mais aderentes.
Ademais das constantes campanhas de apoio às
Guerras Populares e de defesa dos prisioneiros de guerra e presos políticos
revolucionários, inclusive as convocadas pelo CIAGPI, nos anos de 2016, 2017 e
2018, esta iniciativa desenvolveu três grandes campanhas mundiais, pelos 50
anos da Grande Revolução Cultural Proletária, pelos 100 anos da Grande
Revolução Socialista de Outubro e pelos 200 anos do nascimento do Grande Karl
Marx, respectivamente. Estas campanhas, especialmente a última,
desenvolveram-se de forma coordenada em dezenas de países, sob uma mesma
consigna “Proletários de todos os países, uni-vos!”, sob um mesmo Plano, mesma
bandeira, e uma mesma direção.
Os cinco Encontros de Partidos e Organizações
MLM da América Latina, bem como os quatro Encontros da Europa são conquistas da
luta de classes do proletariado internacional, em meio a duras lutas de duas
linhas. As declarações conjuntas, documentos, teses, Revistas publicadas, foram
transcrições ao papel destas conquistas das massas, da unidade ideológica,
política obtidas pelo desenvolvimento objetivo da Revolução Mundial e do
Movimento Comunista Internacional. É uma construção concreta e palpável,
materiais através dos quais se está encarnando crescentemente o maoismo, há que
se abrir olhos para ver e destapar ouvidos para escutar, sobretudo o processo
posto em movimento.
A futura CIMU sancionará estes avanços, estas
conquistas, não sem lutas de duas linhas, mas por meio delas, unindo os
comunistas no que é o imprescindível hoje, o maoismo e a guerra popular. O
grande Lenin dizia que de “hecho la III Internacional fundó en 1918, cuando el
largo proceso de la lucha contra el oportunismo y el socialchauvinismo, sobre
todo durante la guerra, condujo a la formación de partidos comunistas en una
serie de naciones” (Lenin, La Tercera Internacional y su lugar em la Historia,
1919)
Uma nova Organização Internacional do
Proletariado será uma conquista do proletariado internacional, referendada por
uma Conferência Internacional Maoista Unificada, que estabelecerá seus
princípios básicos e tarefas. Assim que, a Conferência Internacional
Maoista Unificada vai selar e abrir. Selará toda uma etapa de luta dos
comunistas na luta contra a dispersão de forças e abrirá uma nova fase na luta
dos comunistas pela reconstituição da Internacional Comunista. El hielo se
puso en movimiento! Uma nova onda da RPM já se levantou e há que impulsioná-la.
O maoísmo está triunfando e triunfará no mundo inteiro!
Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha) – P.C.B. (FV)
Comitê Central
25 de abril de 2019
Tomado de:
http://dazibaorojo08.blogspot.com/2019/04/movimiento-comunista-internacional.html
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